quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Para sempre em todos os corações!

O futebol mundial acordou mais triste nesta manhã de terça-feira, 5 de dezembro de 2011.
O maior ídolo da história recente do Palmeiras disse adeus!
O grande adversário da brilhante carreira do Santo de Parque Antártica o venceu. As dores pelo corpo acumuladas durante os 20 anos de serviços prestados ao futebol acabaram por derrubar este gigante que se eternizou além das 4 linhas.
Chegou ao Palmeiras aos 18 anos, cabeludo (que ironia), com a humildade que lhe foi característica durante toda vida. Chegara trocado por 'incríveis' 12 pares de chuteiras. Com certeza os 12 pares de chuteiras mais valorizados da história da humanidade.
Conquistou tudo e a todos em sua passagem pelos campos do Brasil e do Mundo. Ultrapassou as paixões clubísticas eu virou ídolo de uma nação, de um país apaixonado pelo futebol e, principalmente, pelo seu futebol.
Ídolo de postura marcante, opiniões contundentes e declarações polêmicas. Mas isso tudo sempre na maior sinceridade, pois seu bom caráter sempre foi sua marca registrada e fez com que conquistasse o respeito e carinho de toda (isso mesmo, toda, sem exceção) imprensa.
Os olhos lacrimejantes dos repórteres ao anunciar sua despedida dos gramados são a maior prova de respeito e admiração conquistados ao longo de duas décadas.
São Marcos começou a escrever sua história na quinta rodada da Taça Libertadores da América de 1999, substituindo o até então titular absoluto Velloso, que sofrera uma contusão. Entrou para nunca mais sair de nossos corações.
Como não lembrar as quartas de finais da Libertadores 1999 em que ele fechou o gol nas duas partidas contra o Corinthians e ainda garantiu a vaga na disputa por penaltis? Quis o destino que a Libertadores daquele ano fosse decidida nos penaltis e que o Santo aparecesse na última cena, na última imagem da competição e sagrar-se como herói, mesmo sem ter defendido uma penalidade sequer do adversário.
Como não lembrar das semifinais da Libertadores de 2000, quando o Santo fez o que é por muitos considerada a sua maior e mais importante defesa. Eliminou o arquirrival Corinthians, defendendo a última cobrança da série nos pés de Marcelinho Carioca.
Se tornou ídolo dentro de campo para todos os brasileiros durante a conquista da Copa do Mundo de 2002, aonde foi considerado pela FIFA como 'apenas' o segundo melhor goleiro da competição, mas para os críticos e para nós torcedores, foi o melhor goleiro e peça fundamental no pentacampeonato.
Alternou bons e maus momentos na carreira. Teve decepções, como o rebaixamento para a Série B em 2002. Mas se mostrou uma pessoa de caráter indiscutível e uma paixão pelo Palmeiras acima de qualquer suspeita, ao recusar uma proposta milionária do Arsenal, da Inglaterra, para disputar e ganhar a segunda divisão com o clube de coração.
Marcos Roberto Silveira dos Reis ou simplesmente São Marcos, disse adeus aos gramados. Mas todos sabemos que os Santos são onipresentes, portanto ele sempre estará em nossa memória, fará parte de nossa história e viverá pra sempre em nossos corações, sejam eles palestrinos ou não.
É discutível dizer se São Marcos foi o melhor goleiro que vi jogar, mas é com orgulho que eu posso dizer que sou da "Geração São Marcos"!

Obrigado Santo!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Aprendizado para a vida inteira!

No meu primeiro dia de aula na Faculdade, cheguei já com a aula em andamento, e o professor falava sobre as experiências dos alunos em suas escolas de origem. Ao adentrar (contra minha vontade, mas "incentivado" por um 'amigo' do terceiro ano, que me empurrou pra dentro), percebi que não conhecia uma alma viva naquele lugar e que todos os olhos se voltaram para minha pessoa. Procurei um lugar para me sentar, quando o professor se dirigiu a mim. Era tudo o que eu precisava naquele momento, ser questionado sobre um assunto que eu sequer sabia qual era, numa sala LOTADA de gente estranha. O professor me perguntara se a qualidade do meu ensino médio havia sido boa ou ruim. De imediato, para tentar encerrar a conversa, respondi que havia sido muito boa, muito boa mesmo! Então, eis que surge a indagação: "Por que seu ensino médio foi de boa qualidade? Nos explique!"
Eu simplesmente não sabia o que dizer, pois não fazia a menor ideia do que era um ensino de qualidade, o que era uma metodologia de ensino e, mesmo que soubesse, não conseguiria pensar naquele momento... Então apenas respondi o famoso "Porque sim"...
A partir daí, comecei a me interessar por algumas matérias que eram odiadas pelos demais alunos, como Didática, História da Educação, Psicologia, Humanidades, entre outras.
E ao me aprofundar no assunto, acabei percebendo que meu ensino médio, assim como boa parte do ensino fundamental, foi horrível. Não pela qualidade dos professores, que faziam aquilo que podiam e aquilo que foram ensinados a fazer. Mas sim pelo sistema de ensino e pelo conceito de que o professor é o carrasco do aluno.
Ao ler Paulo Freire e João Batista Freire (que não tem parentesco algum), pude perceber uma nova concepção do processo de ensino/aprendizagem. Minha área é Educação Física, mas venho formulando conceitos e opiniões voltados ao ensino fundamental, desde a iniciação até a chegada ao Ensino Médio.
Durante todo o tempo em que estudei no ensino regular, tive professores dos mais diversos tipos. Tive aqueles que tinham um amplo conhecimento, porém não tinham a didática para transmitir esse conhecimento. Tive professores que chegavam à sala de aula, enchiam a lousa de matéria, abriam o jornal e ficavam dentro da sala lendo e fumando. Tive uma professora na 3ª e 4ª séries que era maravilhosa. Faço questão de citar o nome desta figura encantadora, pois ela é peça fundamental na formação deste que vos fala (ou melhor, vos escreve). Ela chama-se Ilioniza Galvão! Em toda sua rigidez, toda sua forma peculiar de se dirigir aos alunos, jamais faltou com o respeito e sempre se fez respeitar. Nos ensinou valores que hoje em dia não são mais vistos nas escolas e casas. Nos ensinou a respeitar aos mais velhos, nos ensinou a pensar... são coisas que carreguei para a vida inteira.
Hoje o que se vê é uma desvalorização do profissional da educação. Tanto pelos governantes, como pelos próprios profissionais (professores). Quando se fala em aperfeiçoamento profissional, poucos são os que se interessam em aprender, julgando-se superiores e intocáveis.
O ato de educar consiste na troca de informações, na troca de experiências. Um professor, dentro da sala de aula, mais tem a aprender com seus alunos do que realmente ensinar. Basta que ele tenha um pouco de percepção.
Conhecer a realidade de seus alunos, conhecer a realidade das famílias de seus alunos, tentar adequar suas disciplinas a essa realidade, seriam métodos práticos e fáceis de melhorar a qualidade de ensino.
Ensinar valores, estimular os alunos a pensar, a ter gosto pelo saber... Despertar nestes alunos a curiosidade, não impor a eles o conhecimento. O professor não pode ser soberano dentro da sala de aula, ele é parte do processo e deve se colocar no mesmo patamar de seus alunos. Como dizia Paulo Freire em sua obra "Pedagogia do Oprimido", o professor não pode depositar o conhecimento no aluno, tem que partilhar seu conhecimento e estimular o seu aluno a pensar, buscar novas informações.
Se tem algo que todo professor almeja, é estar presente sem estar. Se fazer presente através de seus ensinamentos, como hoje e sempre se fará presente a minha querida professora de 3ª e 4ª séries...

Dedico este artigo à minha querida e eterna PROFESSORA (isto mesmo, em maiúsculo) Ilioniza Galvão, que soube nos estimular na busca pelo conhecimento. Obrigado PROFESSORA!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O sábio que nada sabe!

O sábio não precisa de situações atenuantes para rever seus conceitos. Ele o faz por princípios!
Em determinado momento, em seu processo de pacificação e erradicação do Apartheid na Africa do Sul, Nelson Mandela disse: "Se eu não puder mudar quando as circunstâncias exigem, como posso querem que as pessoas mudem?"
Somos seres humanos em construção, aprendendo e ensinando a cada dia. Nos manteremos sábios enquanto tivermos a humildade de reconhecer que NADA sabemos e TUDO precisamos aprender.
Aquele que se julga conhecedor de todas as coisas do mundo é, no máximo, arrogante. Mário Sérgio Cortella, grande filósofo contemporâneo, diz que "o ser humano não nasce pronto e vai se gastando, mas sim nasce NÃO PRONTO e vai se fazendo".
Bom seria se todo ser humano pudesse absorver um pouco de sabedoria de cada boa atitude alheia, pudesse absorver um pouco de amor ao ver um sorriso no rosto de uma criança, ou até mesmo pudesse aprender com os erros alheios, não precisasse errar seus próprios erros.
Conhecimento não ocupa espaço. Rubem Alves diz que nosso cérebro é como um escorredor de macarrão. Nele é depositado todo tipo de conhecimento, mas o que realmente fica é o conteúdo aprendido, o resto é apenas "água de macarrão".

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Somos fantoches da mídia e sociedade

Você é uma pessoa influenciada pela mídia e/ou sociedade? Não?
Então como você explica as roupas que veste, seus gostos, suas preferências, suas opiniões?
Todos somos influenciados de alguma maneira, uns mais, outros menos, mas levamos nossas vidas diretamente orientados pelas conceitos impostos pela sociedade.
Os exemplos estão no nosso dia a dia, no nosso cotidiano. O shampoo que você usa não é aquele que deixa seus cabelos macios e com brilho? Então, este é um exemplo básico do que consumimos por influência da mídia.
Alguns conceitos são incondicionalmente implícitos em nossas mentes, como os famosos 'padrões de beleza'. Quem foi que disse que para ser belo é necessário ser magro e esbelto? Analisando pelo ponto de vista da saúde e qualidade de vida sim, um corpo esbelto é 'quase sempre' mais saudável.
Mas, nada mais verdadeiro do que a letra de uma famosa música do Rei Roberto Carlos, "...quem foi que disse que tem que ser magra pra ser formosa?"
Tudo isso sem contar nas informações (ou a falta delas) que a mídia nos oferece. Sempre informações tendenciosas e direcionadas, que fazem com que o povo se mantenha alheio àquilo que acontece ao seu redor.
Precisamos ser mais seletivos e críticos quando o assunto é informação, pois através dela formaremos nossas opiniões e direcionaremos nossas vidas. Como já dizia Gabriel o Pensador em uma de suas músicas, "A programação existe pra manter você na frente, na frente da TV, que é pra te entreter, que é pra você não ver que o programado é você!"
Libertemo-nos dessa escravidão que a mídia  e a sociedade nos impõe. Vamos ter nossas preferências, nossos gostos, usar e abusar da vida à nossa maneira.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A 'minha escola' é assim!

Aprendi a ler, aprendi a escrever, aprendi quais são as capitais dos estados brasileiros, entre outras coisas, mas nas escolas que frequentei, não aprendi coisas básicas como amar e respeitar. Isto eu aprendi em casa!
São as mesmas escolas e os mesmos ensinamentos passados aos meus pais, aos pais dos meus pais e assim por diante.
Mas será que é só este o papel da escola? Será que é mais difícil ensinar a amar e respeitar, do que ensinar frações e gramática?
Claro que os tempos são outros, vivemos na era da tecnologia e da informação. As crianças, segundo os adultos de hoje, estão cada vez mais precoces, mais inteligentes e mais 'independentes'. Então por que não explorar essa precocidade e faze-los mais críticos e realmente independentes?
O professor nada mais é do que um FACILITADOR, um incentivador da busca pelo conhecimento, na busca por ideias e ideais.
Porém, infelizmente o sistema ainda é falho, ele impede a independencia e liberdade intelectual dos cidadãos e os torna escravos desta 'ditadura', chamada "democracia".
O Brasil, no último ranking de qualidade de educação da UNESCO, ficou na 88ª colocação. O que o povo brasileiro acha disso? Nada, pois sequer sabem que existe um ranking que analisa qualidade de educação. Isso é falta de informação, falta de interesse pela informação e pelo desenvolvimento do seu país e, consequentemente pelo seu próprio desenvolvimento.
Se o Brasil tivesse uma colocação proporcional numa Copa do Mundo de Futebol, no dia seguinte o treinador e os jogadores seriam linchados e automaticamente execrados pela opinião pública.
Por que não cobrar os governantes com a mesma intensidade que cobramos os nossos treinadores e jogadores de futebol? Simplesmente porque não somos 'educados' pra isso.
A 'minha escola' tem professores criativos, dispostos a compartilhar conhecimentos e despertar ideias em seus alunos. Na 'minha escola', os alunos aprendem a respeitar o próximo, aprendem cooperativismo, solidariedade, sabem o valor da família. Aprendem a ouvir, mas também aprendem a falar e serem ouvidos. Dão suas opiniões, expõem suas ideias, debatem sobre os mais diversos assuntos, estão antenados ao que acontece ao seu redor e neste mundo globalizado.
Sei que esta é apenas 'minha escola', minha maneira de ver a educação. Muitos dizem que isto é utopia ou até mesmo loucura, mas não vou desistir. Acredito que enquanto houver vida, haverá esperança!

Fábio Alexandre Machado
Estudante do 4º Módulo de Educação Física
FKB - Itapetininga / SP